Introdução A família é a matriz social, a
mais importante agência socializadora; os pais transferem para os filhos
herança biológica, psicológica, cultural e espiritual. Ela é projeto de Deus e
alvo de Seu amor e zelo. É importante para o casal edificar um relacionamento
profundo, harmônico, saudável e verdadeiro com base na imutável Palavra
de Deus. Tendo em vista esse objetivo, e como medida preventiva, vamos analisar
quais são os doze principais motivos que levam um casamento ao fracasso.
Casamento
é:
A união
voluntária e estável de um homem e uma mulher, nas condições sancionadas pelo
direito, de modo que se estabeleça uma família. Etimologicamente, a palavra
casamento é derivada de casa, enquanto matrimônio tem origem na palavra latina
mater. (mãe).
1. Entre
outros comportamentos que levam o casamento ao fracasso estão:
1.1 - A
falta de amor
O amor é
a essência de Deus e a base para todos os relacionamentos saudáveis,
profundos e verdadeiros. Quem ama nasceu de Deus (1 Jo 4.7).
Subsídio
teológico
Quando
falamos de amor, não estamos referindo-nos simplesmente a um sentimento de
bem-querer em relação ao outro pelo qual nutrimos empatia e simpatia, e sim a
algo profundo e enraizado em Deus. É o amor ágape registrado em 1 Coríntios
13.4-7.
1.2 — A
falta de compatibilidade
Compatibilidade
é a capacidade das pessoas de unir-se e funcionar em conjunto, promovendo o bem
e o crescimento mútuo. Ser compatível não significa ter os mesmos dons e
habilidades que o outro, e sim possuir objetivos comuns e cooperação.
Biblicamente, são incompatíveis a luz e as trevas, a justiça e a injustiça (2
Co 6.14-16).
1.3 — A
falta de comunicação
Existem
casais cuja comunicação simplesmente não existe. A comunicação é vital para o desenvolvimento
intelectual e emocional do ser humano. Precisamos usar a linguagem verbal e
gestual. Abrir o coração para ouvir o outro é saudável. É como maçã de ouro em
salvas de prata
(Pv
125.11).
1.4 — A
violência verbal e física
Há casais
que, além de não dialogarem, só se falam para agredir um ao outro com palavras
hostis e depreciativas que, às vezes, descambam em agressão física. A
morte e a vida estão no poder da língua (Pv 18.2 1). Irai-vos e não pequeis (Ef
4.26).
1.5 — A
falta de intimidade
A falta
de intimidade sexual entre os casais é outro fator que tem levado muitos
casamentos ao fracasso. A Palavra de Deus diz: Portanto deixará o homem o seu
pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne (Gn 2.24).
A expressão
uma carne faz referência à união conjugal, a qual representa, simbolicamente, a
união mística entre Cristo e a Igreja (Ef 5.22,23).
Vejamos
alguns princípios da intimidade:
1.5.1 — O
marido deve ser benevolente com a mulher (1 Co 7.3)
1.5.2 —
Os cônjuges não podem vedar o seu corpo um ao outro (1 Co 7.4)
1.5.3 — A
sexualidade não deve ser suprimida da vida do casal (1 Co 7.5)
1.5.4 —
Ninguém pode ditar regras na intimidade do casal (Mt 19.5)
Subsídio
doutrinário
Alguns
costumam usar o texto de Hebreus 13.4 para condenar a intimidade do casal. O
leito sem mácula citado nesse versículo refere-se ao leito onde há
fidelidade, ou seja, onde não há prostituição ou adultério. Roman os 1.26 é um
texto bastante citado pelos fanáticos. Porém, o que Paulo contesta aqui é o
homossexualismo.
1.5.5 — A
mulher tem preferência na relação íntima
A mulher
deve receber a honra como vaso mais fraco (1 Pe 3.7).
1.6 — A
infidelidade
Constitui-se
adultério qualquer relação extraconjugal praticada por uma pessoa casada
com outrem que não seja seu cônjuge. A Palavra de Deus fala sobre isso em
Mateus 5.27,28.
1.7 — A
inversão de papéis
A
durabilidade do casamento também depende muito do modo como a mulher e o homem
desempenham os seus papéis. O papel social do homem é proteger, prover e
liderar; e o papel social da mulher é auxiliar na proteção, na provisão e na
liderança do lar, agindo com sabedoria (Pv 14.1).
1.8 — A
independência total dos cônjuges
A total
independência dos cônjuges em relação ao outro é mais um motivo que tem levado
muitos casamentos ao fracasso. Todos os bens precisam ser compartilhados com os
cônjuges. Até porque, se um deles sofrer algum acidente, tiver alguma
enfermidade ou vier a falecer, o outro passará dificuldades para resolver os problemas
financeiros da casa; o mesmo ocorre no caso de separação.
1.9 — A
má administração financeira
Quando um
dos cônjuges não trabalha e quer controlar o salário do outro ou gastá-lo com
coisas supérfluas, não seguindo o orçamento, a crise se instala. Deve-se gastar
com o essencial alimentação, moradia, transporte, contas de consumo, despesas
médicas etc.
1.10 — Os
desrespeitos e as interferências externas
O
desrespeito dentro de casa começa quando um cônjuge diz: “Não quero”, e
o outro diz: Mas eu quero, e vai ser assim”. Esses desmandos acabam desgastando
o relacionamento.
Já os
pais não devem intrometer-se em questões conjugais dos filhos. E os cônjuges,
por sua vez, precisam estar coesos e viver em sintonia, a fim de evitar esses
abusos.
1.11 — A preferência por filhos
Imagine
um pai que apóia uma filha mesmo quando ela está errada, quando não convém
apoiá-la para não desautorizar a esposa, ou vice-versa. Ele não acha nada
demais, por exemplo, deixar a menina passar uma semana na casa da amiga. No
entanto, a mãe insiste em impor limites à filha, e acaba discutindo com o
marido. Em vez de brigar na frente do filho em detrimento do outro, o casal
deve procurar a melhor maneira de educá-lo.
1.12 —
Não priorizar a Deus e as coisas espirituais
Há casais
que se esquecem de princípios importantes revelados no Salmo 127.1 e em Mateus
6.33. Se Deus sair da nossa rotina, não conseguiremos superar os inúmeros
desafios da vida. Só Ele pode edificar a nossa casa.
Conclusão
Temos de
ser sal e luz para este mundo, onde se promove a demolição dos valores
cristãos, o egoísmo, a perversidade, a violência, a pornografia e a
desagregação familiar. Precisamos aperfeiçoar cada vez mais os nossos
relacionamentos conjugais e familiares, a fim de que os homens nos
considerem como um referencial positivo, e Deus seja glorificado em nossa
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